domingo, 4 de dezembro de 2011
DISCÓRDIA RONDA O PACTO FEDERATIVO
Todos os estados não produtores de petróleo no Brasil, estão de olho no ouro negro produzido pelo Rio de Janeiro, numa tentativa de apropriação indébita do patrimônio alheio e quebra do pacto federativo, transgredindo os direitos do povo carioca, que pela segunda vez vê o seu estado expropriado pela federação.
Para entender do que estamos falando, temos de voltar aos anos 60, quando o governo do presidente Juscelino Kubitschek cometeu um ato de agressão perversa contra o Rio de Janeiro, levando para o planalto central a capital do Brasil.
O então estado da Guanabara sobrevivia do turismo e dos salários gerados pela máquina federal, e ficou com “as calças nas mãos”; além de perder o prestígio político e cultural que ostentava, perdeu, também, tudo o que a máquina governamental jogava dentro do estado.
Foi um caos total, pois não preparado para tal perda, sem possuir agricultura sustentável ou indústrias, o estado mergulhou de cabeça na sua pior crise, que não foi só financeira e política, mas também social, tendo em vista a sucessão de maus governantes e o crescimento do crime organizado, que tiraram proveito da situação de abandono que a República do Brasil colocou o estado da Guanabara. Nenhum estado da federação se preocupou com o irmão falido, ninguém se preocupou em ajudar os cariocas.
A única solução encontrada pelo governo militar, foi fazer a fusão do pequeno estado da Guanabara com o minúsculo estado do Rio de Janeiro, para tentar minimizar o efeito desastroso e a crise sem precedentes gerada pela perda da capital do Brasil.
Foi uma trajetória difícil e o Rio de Janeiro teve que conviver com a perda e investir no seu único patrimônio: o turismo.
Depois de muitos investimentos, o Estado do Rio alcançou novamente o apogeu através do petróleo na bacia de Campos, e hoje volta a ser um estado respeitado, com chances de, num futuro não muito distante, merecer o título de centro financeiro do Brasil.
Nesse caso, porém, quem perde é São Paulo, o que começa a incomodar.
Também de olho nessa riqueza, estão as raposas incompetentes da política nordestina, que não podem ouvir falar em dinheiro sobrando; isso não bastasse, pretendem dividir o estado do Pará em três, e o minúsculo Piauí, em dois.
Isto é uma falta de vergonha e respeito ao povo e governo do Rio de Janeiro; parece que se acham com direito à fortuna do Sr. Eike Batista, pois se ele tem muito, temos que dividir, já que é muito dinheiro para uma só pessoa. Porém nunca se falou em dividir a fortuna de São Paulo, nem mesmo do minério produzido por Minas Gerais...
O que apresentamos aqui, é uma situação que pode ter graves consequências num futuro próximo, pois fomenta o ódio do povo carioca com relação ao resto do Brasil.
Quebra do pacto federativo pode gerar outras consequências graves, que desaguarão infalivelmente num conflito interno, desestabilizando a harmonia e a paz do povo, o que de pior poderia acontecer ao Brasil, neste momento em que ocupamos tão importante posição no cenário mundial.
Espero que a Sra. Presidente do Brasil tenha bastante imparcialidade ao considerar esse descalabro chamado de lei, e que no congresso brasileiro ainda haja alguma vida inteligente, para enxergar o mal que poderão estar fazendo ao nosso povo e ao nosso país.
Maurício Lima
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